domingo, 12 de dezembro de 2010



JOÃO CAMPEIRO

Apparício Silva Rillo e José Gonzaga Lewis Bicca

1ª Gravação: Os Angüeras, de São Borja-RS


- João Campeiro...
- João Campeiro...

É como um grito de reponte que levasse
um boi na tropa e não o homem que foi João.

- João Campeiro...
- João Campeiro...

E entretanto, no reponte deste grito,
o João Campeiro vai sumindo - já se foi...
Ele que outrora repontava o boi na estrada,
vai ao reponte, estrada a fora, igual ao boi...

Ninguém tem culpa, João, ninguém...
Ninguém tem culpa, João, ninguém.
Teria que ser assim,
tudo que nasce, um dia tem fim...

Semente boa que deu flor e que deu fruto,
planta do campo que deu sombra, e que há de dar
o derradeiro galho seco para o fogo
onde um João novo que nasceu
vai se aquentar...

Ninguém tem culpa, João,
ninguém...
Ninguém tem culpa, João, ninguém.
Teria que ser assim,
tudo que nasce, um dia tem fim...

- João Campeiro...
Tudo o que nasce um dia tem fim...

Rio de Infância

Apparício Silva Rillo


Minha mãe foi lavadeira
e o meu pai foi pescador
nosso pão de cada dia
era o rio caminhador.

Eu cresci ao lado deles
nas barrancas do Uruguai
vendo as águas caminhando,
ano vem e ano vai.

Um dia fugi com elas
cansado de ser guri
numa balsa rio afora
fui embora e me perdi.

Velho rio de minha infância
temos destinos iguais
tuas águas e meus sonhos
passando não voltam mais.

Como é fácil ir embora
como é difícil voltar
quero ser guri de novo
não consigo me encontrar.


terça-feira, 7 de dezembro de 2010

EIS A VERDADE


Quando eu nasci
não sabia falar nem andar,
só chorar.
Não sabia somar nem subtrair,
também não era capaz
de multiplicar ou dividir.

Das quatro operações, hoje,
não somo nem multiplico.

Só posso dividir ou subtrair.

Tudo que tenho e sou
divido com meus afetos e,
cada dia que passa,
abato na tarca do meu tempo
vinte e quatro horas da vida.
Com absoluta precisão, eu afirmo:
neste dia, tenho em conta
16.032.008 - 16.031.938 = 00.000.070

Setenta anos mal ou bem vividos
que passaram depressa.

E agora...só resta dizer:

Obrigado, meu DEUS!

Porto Alegre, 16/03/2008

Ivo Leão da Rocha





O BEIJO
Ivaldo Larentis

Os teus lábios que me seduzem tanto,
Expressaram esta pergunta, um dia:
Que é um beijo? Pra uns não tem valia,
E é pra outros, divinal quebranto!?

Calei-me então, e te não respondia,
Procurando palavras, entretanto,
Que exprimissem, com precisão, o encanto
O amor, que o beijo n'alma produzia.

E nesta ânsia desvairada e louca
Em vão procuro definir-te o beijo:
Este contato de uma a outra boca.

Esse conluio de almas que estremecem
Saberia, Lorena, o que é um beijo
Se meus lábios, nos teus, um beijo dessem.

Obs.: Soneto escrito em 1945




terça-feira, 30 de novembro de 2010


EU E VOCÊ

Debaixo de um jasmineiro,
exalando perfume,
tu cantavas para mim
na quietude do bairro,
sob a luz do luar,
coisas que gosto de lembrar.

Uma delas dizia assim:

"foi pensando em você
que eu escrevi esta triste canção,
foi pensando em você
que é meu tormento e a minha paixão..."

Encantado, pensava comigo,
que delícia estar aqui,
ouvindo tua voz rouca
e o hálito da tua boca
perfumando meu olfato.
E eu, bêbado de beijos,
com sabor da tua saliva
cujo gosto ainda sinto
no interminável desejo
que o passado voltasse
e para sempre ficasse
até chegar nosso fim.

E, na outra vida, estar
abraçados a sonhar,
ouvindo-te cantar:

"quase que eu disse agora
o teu nome sem querer..."

Porto Alegre, 04/01/2009

Ivo Leão da Rocha


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Para todos os meus amigos...

Peço emprestadas as palavras de

Chico Xavier

" Se eu morrer antes de você, faça-me um favor:
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase:
"Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!"
Aí, então, derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal.
Outros amigos farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus.
Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui Ele nos preparou.
Você acredita nessas coisas?
Então ore para que nós vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu...
Ser seu amigo já é um pedaço dele! "

Ivo


sábado, 13 de novembro de 2010

Quinta -feira, 11.11.2010, estive no sítio do meu amigo e conterrâneo Telmo de Lima Freitas, na cidade de Cachoeirinha-RS.
Tomamos mate, comemos mandioca e churrasco ao pé do fogo, relembramos velhos amigos e serenatas, bebemos alguns "gol" de vinho e marcamos novos encontros.
O galpão, refúgio onde o Telmo passa os dias, me fez voltar aos tempos de piá na Vila 13 de Janeiro, hoje Santo Antônio das Missões, também na fazenda de tios em Ituparaí-RS e do galpão da casa onde nasci em São Borja-RS.
Conheci a Iara, esposa do Telmo, reencontrei o Adão e passei momentos que jamais esquecerei.
E o "chorinho"? Burrinho estimado por todos, que vem para dentro do galpão na busca de afago.
Sigam em paz queridos amigos.
Em breve retornaremos a charlar.






Certa noite há muitos anos, o Telmo, o Paulinho Pires e eu, em altas horas da madrugada, acordamos meus pais com uma serenata ao som de violão e serrote, quando o Telmo cantou a valsa que a minha velha tanto gostava:



LEMBRANÇAS

Telmo de Lima Freitas

Quando as almas perdidas se encontram,
machucadas pelo desprazer,
um aceno, um riso apenas,
dá vontade da gente viver.

São os velhos mistérios da vida,
rebenqueados pelo dia-a-dia,
já cansados de tanta tristeza
vão em busca de nova alegria.

E ao morrer desta tarde, morena,
quando o sol despacito se vai,
as lembranças tranqueiam co'as águas
passageiras do Rio Uruguai.

E as guitarras, eternas cigarras
entre as flores dos velhos ipês,
sempre-vivas, dormidas, se acordam
na lembrança da primeira vez.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

PINHO VELHO

Apparício da Silva Rillo


Pinho velho, empoeirado,
escutei neste momento
as notas que a mão do vento
te surrupiou ao passar.
Canta, mas canta sozinho,
porque teu dono, meu pinho,
nunca mais há de cantar.

Canta, canta pinho amigo,
deixa que o vento te abrace.
É o minuano? Pois que passe,
quem canta não sente frio!
Canta, consola teu dono,
faz que não sente o abandono
de nosso rancho vazio.

Canta, mas canta baixinho...
Que neste rancho enlutado
mal se escute o teu ponteado,
meu inquieto violão.
Respeita a dor do meu luto,
se de ouvido não te escuto,
te escuto de coração.

Repara só, velho pinho,
como o destino da gente
desembesta de repente,
rebenta o freio e se vai!
Toma sempre o pior trilho,
e a gente sobre o lombilho
vai sofrendo, cai-não-cai...

Procuro agüentar o tranco
mas me achico pra lembrança
sempre que beijo esta trança
sedosa, que conservou,
a graça, o viço e o perfume
daquela que por ciúme
Nosso Senhor me roubou.

Meu pinho, por que calas-te?
Canta de novo, meu pinho!
Teu dono fala sozinho
por não poder mais cantar.
Quem tem mágoas na garganta
chora, pensando que canta,
cantando pra não chorar!


HINO RIO-GRANDENSE




Hino oficial do Estado do Rio Grande do Sul

Letra de: Francisco Pinto da Fontoura
Música de: Comendador Maestro Joaquim José Mendanha




COMO AURORA PRECURSORA
DO FAROL DA DIVINDADE,
FOI O VINTE DE SETEMBRO
O PRECURSOR DA LIBERDADE.

MOSTREMOS VALOR, CONSTÂNCIA,
NESTA ÍMPIA E INJUSTA GUERRA;
SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
DE MODELO A TODA TERRA.

(Estribilho)

DE MODELO A TODA TERRA
SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
DE MODELO A TODA TERRA

MAS NÃO BASTA, PRA SER LIVRE,
SER FORTE, AGUERRIDO E BRAVO,
POVO QUE NÃO TEM VIRTUDE,
ACABA POR SER ESCRAVO.

MOSTREMOS VALOR, CONSTÃNCIA,
NESTA ÍMPIA E INJUSTA GUERRA;
SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
DE MODELO A TODA TERRA.

(Estribilho)

DE MODELO A TODA TERRA
SIRVAM NOSSAS FAÇANHAS
DE MODELO A TODA TERRA



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

POR QUE MORREMOS?




Ao amigo Paulo Nunes da Silva
Integrante do C.V.V.
(Centro de Valorização da Vida)

Paro agora pra pensar
e medito profundamente
por que Deus fez a gente
para nascer e viver
sem ao menos compreender
este mistério profundo
de vir e sair do mundo,
existir e logo depois, morrer.

Há uns que nascem com tudo,
outros nascem com nada,
mas ninguém escapa da armada
que a sina lhe destinou.
Um dia eu também vou
carretear a última viagem,
só levando na bagagem
as contas do que fui e sou.

Efêmera é a existência
que os mortais vivem aqui,
encarando logo ali
até mesmo sem querer,
sem nada, nada saber
do que já está reservado
como será o outro lado
depois que a gente morrer.

A razão destes meus versos
tem uma causa nobre
antes que um amigo me cobre
aquilo que não sabemos,
mas tentamos pelo menos
responder em poesia
o pedido feito um dia
indagando "Por que morremos?"

Esse amigo que citei
é um ente muito querido
de nós todos conhecido
por sua benevolência,
faz da palavra a ciência
para atender aos apelos
daqueles que sem conhecê-los
se perderam na existência.

Para voltar ao assunto
e encontrar uma resposta,
gostar a gente não gosta
de falar do que não quer.
Me diga, pois, se puder
satisfazer o amigo
sem correr nenhum perigo
de errar quando ela vier.

A morte é o fim da vida
para o vegetal e o animal
por favor, não leve a mal,
Jesus nos prometeu
Ele que um dia morreu
para a vida nos salvar
e depois ressuscitar
os que pensam como eu.

A semente que germina
se enterrou e apodreceu
e ali no mais renasceu,
gerando um fruto lindo
de ano em ano surgindo
para saciar nossa fome.
A saciedade tem nome,
lembram do maná caindo?

A alma não morrerá
assim como a semente
sendo rico ou indigente
preto, branco ou amarelo,
quando bater o martelo
da vida que se findou,
confesso que também vou
sentir do céu o libelo.

Quem me dera encontrar
na vida terrena agora
Jesus arrastando espora
como tantos guascas xirús
depois de levar a cruz
agora já sem escolta
na caminhada de volta
da estrada para Emaús.

Talvez Ele dissese
o que acontece depois,
caminhando ali nós dois
passo a passo, lado a lado
depois de já ter findado
num martírio mui cruel
sem dar nem pedir quartel,
como será depois de finado.

A resposta com certeza
vou ficar te devendo,
diante do oculto me rendo,
pois até aqui ninguém sabe
na minha cabeça não cabe
decifrar o verdadeiro
que homem por mais matreiro
e por mais culto não sabe.

Porto Alegre, 19/12/2005
Ivo Leão da Rocha

domingo, 31 de outubro de 2010

SALVANDO COM EMOÇÃO

Quem não se emocionou
quando o primeiro socorrista desceu
para um mundo que não era seu
na busca de salvamento
sem considerar o envolvimento
que aquilo estava gerando
e a nós todos passando
com um só sentimento?

Teve gente que chorou
em cada resgate alcançado
de trinta e três projetado
na lista dos mineiros
que se mostraram companheiros
no infortúnio que os ajuntou,
e que a graça de Deus abençoou
como se fossem luzeiros.

O choro que muitos não seguravam
em meio a tanta emoção
lubrifica os olhos e exercita o coração.
Estando aqueles mineiros, por certo,
tão longe e ao mesmo tempo tão perto,
nos mostravam o valor da fé e da esperança
refletidas na face de adulto ou de criança
debaixo de um céu aberto.

O Presidente Chileno Sebastián Piñera
não escondia o entusiasmo daquele processo
no resgate alcançado com tanto sucesso
que chegava aos mais distantes rincões
para alegrar da humanidade os corações
impregnados de paixão e sentimento,
como se cada momento
nos exortasse a fazer reflexões.

Um pai muito emocionado
ao ser indagado pelo filho,
que espécie de artefato era aquilo
que um homem ali dentro encerra?
- É um foguetinho para ir ao fundo da terra
buscar depois de sessenta e nove dias,
trinta e três mineiros, com garantias,
levando um salvador com muita garra.

E, assim, a operação terminou
com absoluta precisão,
e o mundo todo, em comunhão,
vibrou e celebrou com alegria
o êxito de tamanha engenharia
para salvar tantas vidas
no reencontro de pessoas queridas,
saltitantes de euforia.

Porto Alegre, 14/10/2010

Ivo Leão da Rocha


 

ARMADILHA PARA MOSQUITOS

Recebi através de "e-mail" e por oportuno, prossigo na divulgação.

Vale a pena ler e fazer... vamos fazer a nossa parte...

Como matar mosquitos ecologicamente.
Para ajudar com a luta contínua contra os mosquitos da dengue e a dengue hemorrágica, uma idéia é trazê-los para uma armadilha que pode matar muitos deles.
O que nós precisamos é, basicamente:

200 ml de açúcar mascavo,
1 grama de levedura (compra na loja de produtos naturais) e uma garrafa plástica de 2 litros.

A seguir os passos a desenvolver:

1. Corte uma garrafa de plástico no meio. Guardar a parte do gargalo:

2. Misture o açúcar mascavo com água quente. Deixar esfriar, depois despejar na metade de baixo da garrafa.

3. Acrescentar a levedura. Não há necessidade de misturar, ela criará dióxido de carbono, o que atrai a fêmea do mosquito


4. Colocar a parte do funil, virada para baixo, dentro da outra metade da garrafa.


5. Enrolar a garrafa com algo preto, menos a parte de cima, e colocar em algum canto de sua casa.


Em duas semanas você vai ver a quantidade de mosquitos que morreu lá dentro da garrafa.

Além da limpeza de suas casas, locais de reprodução do mosquito, podemos utilizar esse método muito útil em escolas, creches, hospitais e residências.

A DENGUE MATA!




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ANIVERSÁRIO DO CLÁUDIO

No domingo, 24 de outubro, ao completar 40 anos de idade, meu filho Cláudio almoçou com a esposa, filho, pai, irmão e os amigos Newton, Avani, Pedro, Juni, Fernanda e Paula, no Galeto Vera Cruz, em Santa Maria-RS.





FIM DE SEMANA NO CAMPO

Dias agradáveis com a presença de amigos e familiares, marcaram meu fim de semana na Fazenda do Angico, em São Vicente do Sul - RS, de propriedade de minha sogra, Ana D. Steinstrasser.
No sábado à noite, Newton, Avani, Eduardo, Paula, Cláudio e Aparício, não perderam a oportunidade e compareceram ao 47º Baile de Kerbs de São Vicente do Sul.


Gabriel



Gansa chocando


Jantar
Pedro, Paula, Newton, Avani, Juni e Fernanda



quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SAIU NO GUIA DOS VENCEDORES - ABRH-RS 2010

Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia foi entregue dia 19 de agosto, durante o 36º Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (CONARH), em SãoPaulo

" Realizado há 18 anos pela ABRH Nacional, o Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia é um incentivo a empresas e profissionais que dedicam tempo e talento para desenvolver o potencial humano através de ferramentas aplicáveis e criativas. Concorrem empresas do Brasil todo, com cases vencedores em seus respectivos estados, nas seccionais vinculadas institucionalmente à entidade. Neste ano, três cases gaúchos vencedores do Top Ser Humano e Top Cidadania 2009 foram reconhecidos nacionalmente: o Hospital Divina Providência, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-RS) e o trabalho em coautoria de Tatiane  Martins e Raquel Engeroff.
Com o projeto Vida e Saúde Através das Terapias Naturais e Integrativas, o Divina Providência conquistou o primeiro lugar na modalidade Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social, categoria Organizações do Terceiro Setor.
Segundo colocado na mesma modalidade e categoria, o SENAR-RS foi premiado pelo Programa Alfa - Alfabetizando para Profissionalizar, que consiste na alfabetização de produtores e trabalhadores rurais, seguido de cursos de formação profissional. Ao todo, são mais de 15 mil beneficiados no estado desde o início de sua realização.
 "A direção e os funcionários do SENAR-RS sentem grande orgulho pelo reconhecimento da sociedade ao seu maior programa de responsabilidade social", diz Carlos Alberto Schütz, superintendente da entidade. "Para nós, o sorriso, a alegria e a contagiante felicidade daqueles que aprendem, através do Alfa, a ler e escrever, é o maior prêmio que podemos receber."

Coordenador de Promoção Social, Cláudio Rocha, chefe da divisão de projetos Saulo Gomes, Superintendente Carlos Schütz e assessora de Comunicação, Alessandra Bergmann, do SENAR-RS

O case Agregando Pessoas: a qualificação profissional inovando o processo de seleção, de Tatiane Martins e Raquel Engeroff, ficou em segundo lugar na modalidade Gestão de Pessoas, categoria Profissional."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

SAMBA ENREDO DA MOCIDADE PADRE MIGUEL

Aquiescendo ao convite de dirigentes da Mocidade Independente de padre Miguel, Rio de Janeiro, meu filho Cláudio e eu próprio, assistimos na noite e madrugada de domingo (16) para segunda-feira (17), na bela quadra da mocidade, a aprovação do samba que irá contar e cantar o enredo "Parábola dos Divinos Semeadores", no Carnaval do Rio, em 2011.


Introdução:

Parábola dos Divinos Semeadores

"A primeira semente: depois do degelo, eis que surge o caminho.
Em um tempo muito distante, grande parte das sagradas terras africanas encontravam-se sob o domínio do frio. Um Império branco e gelado que mantinha o homem primitivo praticamente prisioneiro das cavernas.
Certa manhã, uma estrela incandescente reluziu intensamente no horizonte; um forte clarão cortou o nevoeiro e espalhou-se pela palidez da paisagem, anunciando um deslumbrante espetáculo de luz e calor. Aos poucos, o branco do gelo e da neve foi sendo matizado pelo verde da vegetação, que surgiu vigorosa. Assim, nossos ancestrais saíram da toca e festejaram.
A vida explodiu em cores e fartura. Plantas de todos os tipos, diversas espécies de frutas e animais variados passaram a dominar o cenário renovado. O poder dos raios e trovões, os mistérios das águas e da terra e os segredos das matas passaram a ser reverenciados por guias espirituais escolhidos entre os mais sábios de cada tribo. Nas celebrações, esses feiticeiros cantavam e dançavam enfeitados com folhas e máscaras em torno de fogueiras para afastar os maus espíritos e garantir as boas colheitas.
De festa em festa e de ritual em ritual, o homem evoluiu e descobriu o milagre da vida contido no interior dos grãos e sementes que se manifestavam quando estes alcançavam o solo.
No Brasil, essas divinas sementes encontararam solo fértil e abençoado. Lançadas aos diversos recantos do nosso torrão, rapidamente germinaram e se multiplicaram, dando frutos com características próprias.
De Norte a Sul desta nação, virou manifestação popular.
O boi que veio de tão longe, lá do Norte, também se tornou sagrado: " É boi Ápis pra lá, e bumba-meu-boi, meu boi-bumbá pra cá".
No nordeste, a festa do deus  Sol se transformou em festa de São João e a comilança não pode faltar: tem milho assado, tem arroz doce, garapa de cana, um bom cafezinho e fogueira acesa  "pra" esquentar.
Tem festa da uva nos Pampas e cavalhadas no Cerrado; mas, foi aqui no Rio de Janeiro que a mais bela e formosa das sementes encontrou o seu lugar. Misturando as festas e celebrações que vieram da Europa com a magia que desembarcou com os negros africanos, criamos o nosso próprio ritual. Cantando, dançando e batucando com alegria sem igual, acrescentamos tempero à festança, reinventamos o carnaval.
Hoje, celebramos o nosso passado agrário e agrícola enquanto festejamos o nosso presente como o maior espetáculo Da Terra e quando esse tal de futuro chegar e a folia for levada "pro" espaço sideral, estará, na verdade, voltando ao início, encontrando-se com o próprio passado e fechando um ciclo.
Afinal, vale lembrar que tudo começou com o brilho incandescente de uma estrela que derreteu a neve e fez a folia começar."

No decorrer do evento tivemos o prazer de conviver com pessoas de grande entusiasmo e simpatia, onde pontificaram, o Presidente Paulo Vianna, o Vice-Presidente Paulo Neves, a Presidente da Ala Bons Amigos, Marinalva Santos e o seu marido Jorge esbanjando simpatia e que volta e meia dava uma bicadinha para "molhar as palavras".
A noite de festa, garra e alegria, como não poderia deixar de ser, foi pontilhada com o samba e a presença  de lindas mulheres .

Para finalizar, transcrevo a letra do samba-enredo para o carnaval Carioca de 2011:

Compositores: J. Giovanni, Zé Glória e Hugo Reis

Uma luz no céu brilhou, liberdade!
Meu coração venceu o medo
O que era gelo se tornou, felicidade
É fartura se espalhando pelo chão
A natureza tem mistérios e magias
Rituais, feitiçarias, deuses a me abençoar
Guiado pela luz da estrela guia
Eu vou por onde a semente me levar

O que eu plantei, o mundo colheu
Um milagre aconteceu
A vida celebrou um ideal
E a esperança se transforma em festival

Festa de Ísis, do boi e do vinho
Até em Roma a semente foi brotar
Mudaram meu papel, Padre Miguel!!!
Hoje ninguém vai me censurar
No baile de máscara negra
Até a nobreza teve que engolir
Meu Brasil, de norte a sul sou manifestação
Aonde vou arrasto a multidão
De cada cem só não vem um
Vou voltar, um dia ao espaço sideral
E reviver o meu ziriguidum, em alto astral

Tá todo mundo aí??? Levanta a mão
Quem é filho desse chão
Chegou a mocidade fazendo a alegria do povo
Meu coração vai disparar de novo














sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O CELULAR DO FINADO



Vou lhes contar uma história
inventada, é bem verdade,
surgida na capacidade
de um grande amigo meu.
Que num velório aconteceu
um causo muito esquisito,
ficando o dito pelo não dito,
o defunto ali deitado,
inerte e desfigurado
pra última viagem solito.

É que neste mundo terreno
com tanta evolução,
não querendo abrir a mão
do modernismo vigente,
queria ser diferente
quando fosse desencarnar.
Desejava consigo levar
com bateria bem carregada
na sua última cruzada
seu velho e bom celular.

Logo após o passamento,
a mulher do finado,
não esquecendo o combinado
que tratara com o de cujo
da promessa não fujo
lhes juro pelo deus baco,
em vez de meter num saco
ou mala de garupa
o celular, botou num upa
no bolso do seu casaco.

E assim, atendendo o desejo
daquele ente querido,
pensava ter resolvido
sua última missão
sem pensar na situação
que poderia causar
o reboliço sem par,
no meio de tanta gente,
aquele som estridente
do celular a tocar.

Os presentes entreolharam-se
com espanto reprimido.
O que teria acontecido
no meio de quatro velas,
flores brancas e amarelas
ninguém ousava falar
nem tampouco cochichar
a imprevista ocorrência
que nem mesmo a ciência
era capaz de explicar.

E como ninguém atendeu
à chamada inusitada,
a peça foi enterrada
com nosso amigo gaudério
num canto do cemitério
como se fosse de lata
transformar-se em sucata
para ficar em silêncio
no paletó do Juvêncio
a partir daquela data.

Ivo Leão da Rocha

Porto Alegre, 09/07/2009

MAITÊ


Fui visitar minha filha
que anima meu viver
e que me faz compreender
que a vida nos emociona.
Como um toque de cordeona
para alegrar a alma minha
com tudo que ela continha
e, encontrei uma criança
para levar na lembrança,
essa incomparável "joaninha".




quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PESCA MILAGROSA



Os colegas e amigos que anualmente vão pescar na praia do Cassino, junto ao navio encalhado, desta vez se superaram.
Além da comida feita em fogo de chão e, do trago, consumidos na beira do mar, a pesca de papa-terra foi de uma fartura indizível.
Participaram: Gaspar, Bira, Almadão, Hiram, Canhoto, Carlinhos, Almadinha, Marco Aurélio, Marco Antônio e Ivo.