domingo, 12 de dezembro de 2010



JOÃO CAMPEIRO

Apparício Silva Rillo e José Gonzaga Lewis Bicca

1ª Gravação: Os Angüeras, de São Borja-RS


- João Campeiro...
- João Campeiro...

É como um grito de reponte que levasse
um boi na tropa e não o homem que foi João.

- João Campeiro...
- João Campeiro...

E entretanto, no reponte deste grito,
o João Campeiro vai sumindo - já se foi...
Ele que outrora repontava o boi na estrada,
vai ao reponte, estrada a fora, igual ao boi...

Ninguém tem culpa, João, ninguém...
Ninguém tem culpa, João, ninguém.
Teria que ser assim,
tudo que nasce, um dia tem fim...

Semente boa que deu flor e que deu fruto,
planta do campo que deu sombra, e que há de dar
o derradeiro galho seco para o fogo
onde um João novo que nasceu
vai se aquentar...

Ninguém tem culpa, João,
ninguém...
Ninguém tem culpa, João, ninguém.
Teria que ser assim,
tudo que nasce, um dia tem fim...

- João Campeiro...
Tudo o que nasce um dia tem fim...

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