O BEIJO
Ivaldo Larentis
Os teus lábios que me seduzem tanto,
Expressaram esta pergunta, um dia:
Que é um beijo? Pra uns não tem valia,
E é pra outros, divinal quebranto!?
Calei-me então, e te não respondia,
Procurando palavras, entretanto,
Que exprimissem, com precisão, o encanto
O amor, que o beijo n'alma produzia.
E nesta ânsia desvairada e louca
Em vão procuro definir-te o beijo:
Este contato de uma a outra boca.
Esse conluio de almas que estremecem
Saberia, Lorena, o que é um beijo
Se meus lábios, nos teus, um beijo dessem.
Obs.: Soneto escrito em 1945
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