segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rio de infância

Apparicio  Silva  Rillo


Minha mãe foi lavadeira
E o meu pai foi pescador
Nosso pão de cada dia
Era o rio caminhador

Eu cresci ao lado deles
Nas barrancas do Uruguai
Vendo as águas caminhando,
Ano vem e ano vai

Um dia fugi com elas
Cansado de ser guri
Numa balsa rio afora
Fui embora e me perdi

Velho rio de minha infância
Temos destinos iguais
Tuas águas e meus sonhos
Passando não voltam mais

Como é fácil ir embora
Como é difícil voltar
Quero ser guri de novo
Não consigo me encontrar

Observação: Este poema, inicialmente, foi gravado pelo Grupo Amador de Arte

OS  ANGÜERAS

de São Borja-RS

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