Bugre tinha por nome.
Rosilho o pelo cuidado .
Quatro patas negras
e uma estrela na testa.
Ligeiro como capincho,
só faltava mergulhar.
Bueno demais para andar,
e a cola um palmo do chão.
À tardinha, todos os dias,
ele de mim se achegava,
pois já era de costume,
nós dois passear na cidade.
E lá no povo... em hora certa,
sem saber qual mais gostava,
nós dois, num trotezito espassado
pela praça desfilava.
Mas os anos se passaram,
e aquilo virou história.
Hoje, só me resta o consolo,
como pedra no meu peito,
e um sonho, de vez em quando,
pra não fugir da memória,
ao reviver meu cavalo.
Bugre tinha por nome.
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