segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Em nossa vida cotidiana, há sempre um rosto de mulher...

O  SAL  DOS  OLHOS
Gujo Teixeira

Andei passeando no teu sorriso
e me esqueci de voltar
perdi o rumo da estrada
por me guiar nesse olhar.
Quem sabe um dia eu veja
o que o olhar não entende
e descubra do meu jeito
porque teu riso me prende.

Meus olhos claras vertentes
das coisas que a alma reflete
basta um silêncio de noites
que a saudade se repete.
E faz brotar lentamente
tristezas que a gente tem
mesmo guardadas por dentro
se mostram quando convém.

Às vezes o sal dos olhos
(se a saudade não é pouca)
nos mostra um gosto amargo
salgando o doce da boca.
Às vezes o sal dos olhos
é uma lágrima sentida
que nos desce pela face
por uma fresta da vida.

Não sei porque esse jeito
essa lágrima no rosto
se por um sorriso apenas
a boca adoça seu gosto.
E tudo muda a seu tempo
desfaz-se o que era triste
silêncio, depois palavras
e uma alegria que insiste.

Mesmo sem saber os rumos
que os olhos hão de me dar
quero teu sorriso de perto
pra aprender a voltar.
E depois saber da vida
por que os meus olhos têm
essa lágrima sentida
pela saudade de alguém!

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