Aqui nessa barranca,
vendo o rio descendo sem parar,
repiso o caminho andado
sem saber onde chegar.
As águas não voltam mais
como os anos que se foram.
Me ponho acomodado
no tronco de um angico caído,
à espera da linha correr
na mão esquerda segura.
Vou compondo essa cantiga
ajoujada a um sonho antigo
de fisgar um peixe arisco
para matar minha fome.
Que essas águas encontrem
algum remanso sereno
onde afundar a cambona,
na busca da pura essência
dessa fonte caudalosa,
para lembrar mates cevados
ao longo da existência.
P.Alegre-RS, 03/05/2013
Ivo Leão da Rocha
Rio Uruguai - São Borja-RS
Rio Uruguai - São Borja-RS
Dourado
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