Autor desconhecido
" Não me perguntem quantos anos tenho; e sim,
quantas cartas mandei e recebi:
Se mais jovem, se mais velho... o que importa, se ainda sou um
fervilhar de sonhos, se não carrego o fardo da esperança morta!
Não me perguntem quantos anos tenho;
e sim, quantos beijos troquei.
Beijos de amor!
Se a juventude em mim ainda é festa, se aproveito tudo a cada
instante e se eu bebo da taça gota a gota...
Ora! Então pouco se me dá que gota resta!
Não me perguntem quantos anos tenho mas... queiram saber de mim se
criei filhos, queiram saber de mim que amigos tenho e se alguém,
pude eu, tornar feliz.
Não me perguntem quantos anos tenho mas...
queiram saber de mim quantas hirtórias, quantos versos ouvi,
quantos cantei.
E assim, somente assim, todos vocês, por mais rugas
que vejam no meu rosto,
terão vontade de chamar-me:
' Oi moço...!!! '
E ao me verem passar aqui... ali... não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão por certo, que eu vivi. "
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