segunda-feira, 30 de maio de 2011

CAMBICHO




SEGREDOS  DO  MEU  CAMBICHO
José Athanásio Borges Pinto

Num fim de tarde de qualquer domingo
Encilho o pingo e saio faceiro
Arrastar asas pra china Rita
Filha bonita do bolicheiro
Levo a cordeona sempre na garupa
E já, num upa, sigo p'ra o bolicho
Meu pingo baio marcha com aprumo
Pois sabe o rumo desse meu cambicho
Peço uma pura pra aquecer os dedos
E os meus segredos escapam da garganta
A noite escura no olhar da china
De relancina vem buscar quem canta
Como faz bem a alma do gaudério
Esse mistério do olhar da amada
A gaita entende esses olhares mudos
Que dizem tudo sem falar em nada
E quando volto pra os meus pelegos
Desassossegos trago por parceiros
Um dia caso com a china Rita
Filha bonita desse bolicheiro




LENDA SOBRE A PINTURA DA SANTA CEIA



Diz uma lenda referente à pintura da Santa Ceia, ou
"Última Ceia de Jesus com seus Apóstolos".

***

Ao conceber este quadro, Leonardo da Vinci deparou-se com uma
grande dificuldade: Precisava pintar o bem - na imagem de Jesus, e
o mal - na figura de Judas, o amigo que, durante o jantar,
fôra incumbido de traí-lo.

Interrompeu o trabalho no meio, até que conseguisse encontrar
os modelos ideais. Certo dia, enquanto assistia a um coral,
viu em um dos rapazes a imagem perfeita de Cristo. Convidou-o para
o seu ateliê, e reproduziu seus traços em estudos e esboços.

Passaram-se três anos. A "Última Ceia" estava quase pronta,
mas Da Vinci ainda não havia encontrado o modelo ideal de Judas.

O Cardeal, responsável pela igreja, começou a pressioná-lo,
exigindo que terminasse logo o mural.

Depois de muitos dias procurando, o pintor finalmente
encontrou um jovem mendigo, prematuramente envelhecido,
bêbado, esfarrapado, atirado na sarjeta. Imediatamente, pediu
aos seus assistentes que o levassem até a igreja.

Quando terminou, o jovem - já um pouco refeito da bebedeira -
abriu os olhos e notou a pintura à sua frente. E disse, numa
mistura de espanto e tristeza:

- Eu já vi esse quadro antes!
Quando?!! - Perguntou, surpreso, Da Vinci - ninguém o viu ainda...

Há três anos atrás, antes de eu perder tudo o que tinha, numa
época em que eu cantava num coro, tinha uma vida cheia de
sonhos e um artista me convidou para
posar como modelo para a face de Jesus...

******************

" O Bem e o Mal têm a mesma face;
tudo depende apenas da época em
que cruzam o caminho de cada ser humano."

Shakespeare

terça-feira, 24 de maio de 2011

A ÚLTIMA ESTROFE

Vicente Celestino
A voz orgulho do Brasil
(12.09.1894/23.08.1968)

A  ÚLTIMA  ESTROFE
(Autor: Cândido das Neves)

A noite estava assim enluarada,
quando a voz já bem cansada
eu ouvi de um trovador.
Nos versos que vibravam de harmonia,
ele em lágrimas dizia
da saudade de um amor.

Falava de um beijo apaixonado,
de um amor desesperado,
que tão cedo teve fim.
E desses gritos de lamentos,
eu guardei no pensamento
uma estrofe que era assim:

Lua, vinha perto a madrugada,
quando, em âncias, minha amada
nos meu braços desmaiou.
E o beijo do pecado
o teu véu estrelejado
a luzir glorificou.

Lua, hoje eu vivo tão sozinho,
ao relento, sem carinho
na esperança mais atroz,
de que cantando em noite linda
essa ingrata, volte ainda,
escutando a minha voz.

(Ouça o cantor, acessando: YOU TUBE - Vicente Celestino -
A última estrofe.)


terça-feira, 17 de maio de 2011

B O R R A S CA

Samba-Canção
 de

 Adelino Moreira

 gravado por

Ângela Maria
e

Nelson Gonçalves

***


Ontem, arranquei teu retrato da moldura
Rasguei-o todo em pedacinhos
E atirei-os para o chão

Doeu, meu coração
Hoje, ao despertar bem cedinho
Juntei, pedacinho, a pedacinho
Colei, pedaço aqui, pedaço ali
E novamente consegui
O teu sorriso inteirinho

Ontem, naquele meu estado d'alma
Não pude mais, perdi a calma
E ao teu retrato quis dar fim
Hoje porém, que a borrasca passou
Teu retrato ao seu lugar voltou
E está sorrindo para mim.



SERESTAS E SERESTEIROS


A FLOR DO MEU BAIRRO
Autor: Adelino Moreira

Intérprete:
 Nelson Gonçalves


A minha história é vulgar
mas algo fica provado
nem sempre o primeiro amor
é o primeiro namorado

 A flor do meu bairro
Tinha o lirismo da lua
Morava na minha rua
Num chalé fronteiro ao meu
Eu conheci o seu primeiro amor
A sua primeira dor
E o primeiro erro seu

Lembro-me ainda
O bairro inteiro sentiu
A flor ingênua sumiu
Com seu amor, o seu rei...
E eu que era
Seu primeiro namorado
De tão triste e apaixonado
Nunca mais me enamorei

Hoje depois de alguns anos
Eu encontrei-me com ela
Na rua dos desenganos
Menos ingênua e mais bela
Ela fingindo desejo,
A boca me ofereceu
E eu paguei por um beijo
Que no passado foi meu

A minha história é vulgar
Mas algo fica provado
Nem sempre o primeiro amor
É o primeiro namorado.

(Para assistir o vídeo, acesse:
<nelson gonçalves - a flor do meu bairro> 

I D A D E . . .

Ivo
No Garota de Ipanema (Rio de Janeiro)

" Temos que agradecer a nossa idade pois,
a velhice é o preço de estarmos vivos "


sexta-feira, 13 de maio de 2011

ÚLTIMA LEMBRANÇA



Luiz  Menezes

Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida.
Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus.
Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida
de que meus lábios possam ter os lábios teus.

Quando eu morrer, permita Deus que nessa hora
ouças ao longe o cantar da cotovia.
Será minha alma que num canto triste chora
e nessa mágoa o teu nome pronuncia.

Eu viverei eternamente nos cantares
dos pobres loucos que do verso fazem o ninho.
Eu viverei para glória dos pesares
onde quase sucumbi nos teus carinhos.

Eu viverei no violão que a noite tomba
ante a janela da silente madrugada.
Eu viverei como uma sombra em tua sombra,
como poesia em teu caminho derramada.

Pois nem o tempo apagará nossos amores
que floreceram de ilusão febril e mansa.
Quando eu morrer, eu viverei das tuas dores,
mas te levando em minha última lembrança.


(Para ouvi-lo cantando esse poema, acesse:
You Tube - Luiz Menezes - Última lembrança)


PENSAMENTO...

" O  poder  suja,  a  poesia  limpa. "

"'
John Fitzgerald Kennedy
Ex-presidente norte-americano
1917-1963



quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dia das Mães em família (08/05/2011)

                                                                                                                Da esquerda para a direita:
Eduardo (filho), Milena (filha), Ivo, Maria Helena (esposa), Marília (concunhada), Ana (sogra), Paulo (cunhado),
Cláudio (filho), Ana Cristina (nora) e Álvaro (sobrinho)
Abaixo: Maitê (neta), Márcia (amiga) e Gabriel (neto)

Maria Helena, Paulo Roaldo, Ana e Luiz Eduardo

Vó Ana e os netos Gabriel e Álvaro

Quatro gerações
Maria Helena, Ana, Milena e Maitê.

" Um homem inteligente falando das mulheres "

Recebí através de E-mail e, a pedido transcrevo:

    "O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais
ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação,
mas na verdade acredito que é ela que me mantém. Portanto, por uma questão de
auto-sobrevivência, lanço a campanha ' Salvem as Mulheres! '
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.

Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar outro. Beijos matinais e um 'eu  te  amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores
Também fazem parte de seu cardápio, mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite a natureza
Você  não  suporta  TPM?  Case-se  com  um  homem
Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo iso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.

Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um
pé-na-bunda.

Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.

É,  meu  amigo,  se  você  acha  que  mulher  é  caro  demais,  vire  gay.

Só  tem  mulher  quem  pode!"



Luiz Fernando Veríssimo





sexta-feira, 6 de maio de 2011

DIA DAS MÃES




 Mãe... São três letras apenas
As desse nome bendito:
Também o Céu tem três letras...
E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,
Todo o bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer...

Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do Céu
E apenas menor que Deus!

Mário Quintana


FELIZ  DIA  A  TODAS  AS  MÃES  DO  MUNDO!



Minha querida São Borja


Casa onde viveu Getulio Vargas - hoje Museu

Igreja São Francisco de Borja

Ponte Internacional, ligando São Borja - Brasil e
Santo Tomé - Argentina

Estação férrea

Rio Uruguai

Cais do porto

"Por mais terras que eu percorra,
não permita Deus que eu morra
sem que volte para lá."
Guilherme de Almeida

***

Minha querida São Borja

Faço minhas as palavras
daquele poeta importante
para sintetizar num instante
um desejo reprimido,
sem que se perca o sentido
de um nativo do pago
com gosto de mate amargo,
aroma de laranjeira em flor,
para rever com amor
o luar no espelho dum lago.

São Borja, minha cidade,
meu encanto de guri.
Desde que saí daí,
vivo campeando querência
e já trago na existência
uma saudade brasina,
espinhos de sina-sina,
verde frescor de avenca,
vôo de asa-branca,
sortimento de cantina.

Meu Segundo Regimento,
meu quartel idolatrado,
ali onde fui soldado,
ordem unida, rondas e prontidão,
baioneta, mosquetão,
velhas armas de guerra
no campo onde o touro berra
com retardadas visões,
lá num canto da Missões
toda uma história encerra.

Das andanças noturnas,
nas ruas e avenidas da cidade.
Comercial, Fraternidade,
Esperança, União, Recreativo
Clubes de conceito afirmativo.
Fronteira do Sul, Rádio querida,
passei ali um pouco da vida
que me "gusta" relembrar
para poder homenagear
essa terra prometida.

Na margem esquerda do rio Uruguai,
São Borja nasceu guerreira,
acolhedora e altaneira.
Um dos Sete Povos da Missões
dos índios que guardavam reduções,
de filhos que honraram o seu chão
e que hoje cultuamos com emoção.
Da Maria do Carmo, do Tareco, do Canário.
Mudinho e Mudinha viveram seu calvário.
E o João das balas bondoso e brincalhão.

Do Internacional e do Cruzeiro.
De Getúlio Vargas e João Goulart,
Presidentes que governaram com arte
e sabedoria este Brasil,
cheios de gloria e amor varonil.
Dos bairros, Tiro, Passo e Resbalo.
Lembrando tudo me calo
nesta volteada corrida
para seguir pela vida
a pé se não tenho cavalo.

Porto Alegre, 25/04/2011

Ivo Leão da Rocha

Rio Uruguai


Rio Uruguai



quinta-feira, 5 de maio de 2011




" Todos  os  homens  são  feitos  do  mesmo  barro,

mas  não  no  mesmo  molde. "


Provérbio  Mexicano

terça-feira, 3 de maio de 2011

DIA DAS MÃES


"  SONHOS  NÃO  MORREM,
APENAS ADORMECEM
NA ALMA DA GENTE. "





D I A   D A S   M Ã E S

A mais sublime palavra
que o dicionário encerra
a todos aqui na terra
no mar e também no céu,
que o índio por mais incréu
com reverência se ajoelha,
fazendo do amor a centelha
do alvorecer ao crepúsculo
buscar na força do músculo
o vôo incansável da abelha.

De um ato de amor me gerou,
passando mil privações,
cantando ternas canções
para seu filho ninar,
dando o peito pra sugar
a um ente recém-nascido
num gesto tão comovido
para fazê-lo crescer
com dedicação e saber
pra que não caia no olvido.

São três letrinhas apenas
que sintetizam amor
com matiz de linda flor
cultivada com carinho.
Ao canto de um passarinho,
teve de Deus a incumbência
para criar com prudência
um ser muito esperado
por um sonho acalentado,
vivificar a paciência.

És tu, minha terna santa,
que eu quero homenagear.
Nesta data te saudar,
estejas onde estiver.
O Criador te fez mulher
para passar pela vida
ao fim de uma jornada
ver tua cria embargada
pedir bênção, mãe querida.


Porto Alegre, 11 de maio de 2008

Ivo Leão da Rocha

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Rio de infância

Apparicio  Silva  Rillo


Minha mãe foi lavadeira
E o meu pai foi pescador
Nosso pão de cada dia
Era o rio caminhador

Eu cresci ao lado deles
Nas barrancas do Uruguai
Vendo as águas caminhando,
Ano vem e ano vai

Um dia fugi com elas
Cansado de ser guri
Numa balsa rio afora
Fui embora e me perdi

Velho rio de minha infância
Temos destinos iguais
Tuas águas e meus sonhos
Passando não voltam mais

Como é fácil ir embora
Como é difícil voltar
Quero ser guri de novo
Não consigo me encontrar

Observação: Este poema, inicialmente, foi gravado pelo Grupo Amador de Arte

OS  ANGÜERAS

de São Borja-RS

domingo, 1 de maio de 2011

CHURRASCO NO MEU "CEP"

Hoje (domingo), enquanto assava um churrasco:


Tiramos as fotos aguardando o GRENAL nº 385
 que terminou empatado em 1 a 1.
Na cobrança de pênaltis,
o
INTERNACIONAL
venceu por 4 a 2 e, conquistou a
COPA FARROUPILHA (2º Turno).

O Campeonato Gaúcho de 2011 será decidido
em mais dois jogos.


Da esquerda para a direita:
Em pé, Ana Cristina, Eduardo, Ivo, Milena e Maria Eduarda.
Abaixo,  Gabriel e Cláudio.